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Nesta etapa tive a oportunidade de conhecer dois ciclista Chilenos que viajavam na mesma direção que eu, então me convidaram para viajar junto com eles até San Martín de Los Andes e trocar experiências e viver aquela aventura juntos. Foi muito legal, pois conhecemos outros ciclistas de vários países fazendo o mesmo trajeto. Os acampamentos eram realizados nos fins de tarde nas beiras dos lagos onde já haviamos programados para ficar. Levantar acampamento, pegar lenha para fogueira e preparar o jantar era uma rotina saudável após um dia de "trabalho" viajando pela natureza, contemplando montanhas e lagos, conhecendo o povo rural da região com sua timidez peculiar, mas com uma hospitalidade sem igual. Foi assim até chegarmos a San Martín de Los Andes onde acampamos no Camping Automovel Clube e fizemos os reparos necessários nas bike e equipamentos, lavamos as roupas sujas e saímos para curtir essa simpática cidade da Argentina. Depois disso nos separamos, eles voltaram para Santiago do Chile e eu para Bariloche de onde seguiria para o Chile por outro caminho.
A próxima etapa da viagem foi atravessar a Cordilheira dos Andes, em direção ao Chile, pelo passo Vicente Perez Rosales que fica no Parque Nacional de mesmo nome, já em território Chileno.
Viajei pela região dos Lagos Chilenos passando por grandes lagos e vulcões, onde alguns deles ainda estão em atividades, como é o caso do vulcão Villarica. Em seguida, fui para o norte do Chile de avião para conhecer o Deserto de Atacama, considerado o mais árido do mundo, pois a umidade relativa do ar é quase zero. Para se ter uma idéia, o Atacama já ficou sem chover por 42 anos initerruptos. Era Páscoa quando cheguei a cidade de Antofagasta e quando trocava a camara do único pneu que furou em toda viagem, um senhor vendo a bandeira do Brasil na bike, veio conversar comigo. Me contou que havia trabalhado nas casas Pernambucanas em S. Paulo por 2 meses e após um longo papo rodeado por outras pessoas cheias de curiosidade, ele e sua esposa me convidaram para ceiar com a família. Essa é outra experiência emocionante, ser recebido de forma amiga em outro país e sentir a solidariedade das pessoas a todo instante.
Bem, fiquei triste por não realizar está etapa da viagem como havia planejado, mas tudo faz parte da aventura, coisa boas e ruins, bons e maus momentos, e todos eles nos trazem experiência e elevam a alma. Procurei fazer uma documentação fotográfica do percurso realizado atendendo uma expressão pessoal. Dessa forma realizar a primeria exposição do projeto e relatar uma parte dos momentos da minha viagem, e ao mesmo tempo, despertar nas pessoas o desejo de viajar de bicicleta, presevar a nossa natureza tão bela, ou simplesmente, através do ato fotográfico registrar as paisagens e essa natureza, mesmo que seja em uma viagem convencional. Ninguém mais que aquele que está sentado sobre sua bicicleta, pode dimensionar o prazer, o gosto de liberdade, e a experiência que uma aventura acrescenta em sua vida. Está é uma das coisas mais gratificantes que conseguimos obter em qualquer aventura. ![]() ![]() |